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Crente de Fubá

Há alguns anos atrás, uma igreja evangélica no nordeste do Brasil resolveu oferecer cestas de alimentos para seus membros, e, pra encurtar a história vou já adiantando a todos vocês que o crescimento daquela congregação foi absurdo... A cada semana, mais e mais famílias iam agregando volume àquela igreja.

Volume! - Eis o que tanto conta! - Existe um número absurdo de igrejas evangélicas que medem sua eficiência ministerial pelo número de pessoas que integram o seu rol de membros; por esse motivo, nós missionários seguimos sendo cobrados por resultados ‘em volume’. Seguindo a máxima universal de que “a grama do vizinho é sempre mais verde”, pastores batem com a cabeça na parede lamentando: “-Por que minha igreja não cresce com aquela tal?” (Calma lá meu povo! Não é bolo o negócio... e mesmo que fosse, já comi deliciosos bolos assolados).

Existem igrejas que realmente chamam atenção pelo número de “freqüentadores”, que vão lá atrás de amizades, profetadas ou mesmo 10 quilos de fubá! Mas a Casa de Deus não é um Pub, tenda de previsões do futuro e muito menos uma sede do programa Fome Zero. Quem vai à igreja por conveniência sequer deveria ser contado como resultado, pois sua alma sequer foi ganha! E segue a política de resultados: Levantou a mão e foi lá pra frente é crente. (Marca mais um lá na Ata)

Sou um grande apoiador do caráter social da Igreja, do serviço evangelístico e dos eventos que trazem pessoas estranhas pra dentro da Igreja... Nós missionários estamos diretamente interessados em povoar o Reino, MAS/PORÉM/SOBRETUDO com pessoas verdadeiramente convertidas! Quanto aos que continuam lá pra fazer volume, bom...estes você pode até chamar de crentes...Mas “crentes de fubá”!