Sempre que me perguntam de maneira específica sobre missões, chamado e campo missionário, eu respondo muito naturalmente:
“Missão é um caráter e uma vocação natural da Igreja; mais do que isso, é o evangelho em sua forma mais pura!”
Lembro-me da minha infância na periferia de São Paulo, e de como era simples a tarefa de proclamar as Boas Novas às pessoas. Nós íamos de casa em casa e éramos convidados a entrar para compartilhar do amor de Deus. - Entretanto, os anos passaram, e de repente nos pegamos preocupados, discutindo sobre o impacto da pós-modernidade, e sobre qual dever ser o comportamento da igreja neste novo contexto.
Costumo dizer que uma das maneiras simples de dividir o mundo em apenas dois gomos é entender que existe uma “nação espiritualmente salva”, e uma “nação espiritualmente condenada”. Nós, a igreja de Cristo na terra, devemos compreender essa nação condenada (que eu prefiro chamar de “Geração Emergente”) que se desenvolve no meio de uma cultura mundial moderna. Fruto de vários fatores como urbanização, industrialização, mídia, tecnologia, economia, educação, mas, sobretudo: malignidade.
Podemos não perceber, mas a combinação desses fatores cria um ambiente que molda de uma maneira muito significativa como enxergamos o mundo em que vivemos. A pós-modernidade tem assolado a fé cristã, privando a sociedade de crer e conhecer um Deus Todo Poderoso, um ser sobrenatural e um Cristo ressurreto.
É vital que mantenhamos o equilíbrio entre evangelho e contexto; que conheçamos a Deus e os Seus valores, que aprendamos como desenvolver nossos dons e finalmente alcançar essa geração. Tarefa difícil: contextualizar sem distorcer o evangelho.
As missões são, portanto para nós (a nação salva do planeta), uma tarefa urgente, sobretudo porque não sabemos quanto tempo disponível teremos para realizá-la; mas é certo que não temos nenhum tempo a perder.
É hora de cumprir com nossa responsabilidade, para tanto, além do caráter cristão, há dois pilares fundamentais: “Amor”, para que estejamos inseridos como embaixadores de Cristo em nossa comunidade e “Sacrifício”, para que possamos entender e aceitar o custo de proclamar as boas novas de Cristo nos dias de hoje e até que Ele venha.